sexta-feira, dezembro 01, 2006

O meu pranto





Apetece-me chorar,
As gotas estão retidas,
Mas é tão intenso o que sinto.
Ainda assim, não choro.

O dia está a meio,
Não posso desistir,
Queria tanto ter coragem...
Queria tanto esquecer-me.

Doi-me o coração,
Apetece-me gritar.
Também fica cá o grito,
E há tanto para soltar.

Tenho que ir acolá.
Seco as lágrimas secas,
Calo em silencio o que dói,
Penso que “amanhã melhorará”.


Inês de Castro ( a que sente o que não consegue gritar e chora no chuveiro para ver água a escorrer pelo rosto)