domingo, setembro 20, 2015

Ser tua

Apetece-me deixar-me abandonar nos teus braços.
Deixar-me escravizar pela tua vontade.
E que te alimentes de mim.
Ser a tua carne,
que mordiscas,
sugas intensamente,
beliscas para me ouvires gemer,
e que ,com a tua língua, lavas de uma ponta à outra.
Deixar que me bebas,
que me sorvas.
Ser o teu vinho.
Deixar que te lambuzes com os sabores que saem de mim,
Limpar-te a boca com os meus lábios e saborear-me pelas tuas papilas.
Deixar-me guiar, nessa louca vontade que tenho de ti.
Entristeço.
Não passa disso, de uma vontade, um sonho, um desejo.
Tu não existes.

3 Comments:

Blogger CÉU said...

Olá, Inês de Castro!

Espero não estar a "falar" com a amada de D. Pedro, mas se estiver, só tenho de relembrar-lhe que "às oito, nos jardins", como pediu seu amado!

Parabéns pelas duas fantásticas e sensuais imagens, que encimam a sua poesia, de apetites sãos, vorazes, capazes, afinal, de mulher.

Cada linha do k escreve suscita em cada um de nós, vontades, pke a serotonina é k manda.

Não esperava este final, mas, infelizmente, há casos assim.

Boa semana.

Beijo, com estima.

domingo, setembro 20, 2015  
Blogger O Profeta said...

É tudo tão breve
Habitamos as pedras
Inventamos sonhos
Vislumbramos quimeras

Mas, falemos dos suspiros dos pássaros
Falemos de ti
Nas irreprimíveis asas dos anjos
Na noite primeira dos mil encantos



Um radioso fim de semana



Doce beijo

sábado, outubro 17, 2015  
Blogger Inês de Castro said...

Obrigada...nada mais me é possivel dizer.

domingo, novembro 15, 2015  

Enviar um comentário

<< Home