quinta-feira, junho 08, 2006

Que falta me fazes



Que falta me fazes,
Que longe está o teu ser.
Que saudades sinto.
Que tarde chegámos.

Está tão longe o tempo,
Em que as nossas vidas futuras,
Cheias de esperança e vontades,
Finalmente se cruzam com euforia.

Sinto-me absorvida pela tua voz desconhecida,
Pelo teu rosto nebulosamente visto,
Pelas palavras que silenciosamente chegam.

Sinto falta de ti,
Embora nunca te tenha tido.
Sinto falta do teu corpo,

Ainda que nunca nele tenha estado.
Sinto falta das tuas palavras,
Mesmo que o silêncio impere entre nós.

Oh, que triste realidade,
A distancia do tempo,
A impossibilidade do existir,
A vida vivida e a esperança
queimada.

Que Saudades sinto
De tudo o que nunca tivemos.
Que saudade existe
Do caminho que nunca percorremos.

Fica o sonho, e a vontade.
Fica a imaginação e a ansia.
Fica o inigma, o nunca e o para sempre.

Vou renascer para te procurar,
Encontrar-te antes do para sempre,
E, então, mergulhar na essência do nosso estar.


Que falta me fazes.


Inês de Castro ( a que espera por um amor escondida na sua Quinta vertendo lágrimas de resignação)

-a dedicatória está feita porque há dois sentidos em cada estrada-

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá Inês,
Já sabes o quanto me tocou este poema. Obrigada pela dedicatória.
E agora toca a secar essas lágrimas... não é escondida na tua Quinta que vais encontrar o Amor, ele aparece quando menos se espera e pode estar ao virar de uma esquina.
Desejo que o encontres o mais brevemente.
Beijocas

quinta-feira, junho 08, 2006  

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