sábado, julho 29, 2006

Não mo disseste por respeito ou cobardia?

A Hora passou e eu não a vi chegar...senti-a...Senti-a!
Vai voar no teu céu, doce anjo do entardecer.
Não padecerei pela tua ausência, só te sentirei a falta.
O tempo não voltará para quem já o viveu,
A ilusão não morou, dentro do meu gélido coração.

Hoje sinto em mim, o cansaço do tempo que não vivi!
As madrugadas deveriam de ter sido matutinas,
Tempo perdido esse em que não acordámos.
O tempo vivido jamais se perderá!

A mágoa alojou-se no meu coração!
Não a mágoa por teres encontrado um novo caminho,
Não é a magoa de deixada, é mágoa de te ter deixado ir.

Podias ter-me dito...eu teria compreendido.
Estava na tua hora que, eu sabia, chegaria um dia.

Fala comigo. Diz-me o que sentes....o silêncio é que mata.

Inês de Castro
( a que espera que digas o que não disseste e...que nunca dirás. Por cobardia? Por respeito? Não. Por falta de palavras)