quarta-feira, maio 31, 2006

HOMEM MADURO

Vi, há pouco no Blog que costumo visitar (vagueandoporti.blogspot.com), esta questão:
"Que é isso de ser um Homem Maduro?"

Um homem maduro é o que não tem idade.
Conheço homens muito novos mas com uma maturidade inacreditavel.
Conheço homens com mais idade que não captaram da vida qualquer aproveitamento.

(...)sabe o que é uma mulher, o que é o prazer de partilhar entre homem e mulher e o que é dar valor ás coisas da vida.

Será isso o "ser um homem maduro"?
Quem sabe!...

Para além da sensibilidade, um homem maduro é, também, ponderado.
Um homem maduro tem capacidade para avaliar, independentemente de, por vezes, se enganar no seu aval, mas sabe, também, erguer-se de juizos errados e prosseguir a estrada da vida.
Um homem maduro é o saber ser correcto e errado na hora certa.
Um homem maduro é como uma mulher madura.
Um homem maduro é....não ter medo do futuro e prezar o passado.

Há tanta coisa a dizer de um HOMEM MADURO.

domingo, maio 21, 2006

Alô?...Adeus!





Alô?
Sim, sou eu.
Quem? Tu sabes!
A que quer estar contigo, mas que não te quer comigo..........
A que preza a tua presença e amizade.
A que não se quer fartar de ti.

Sim, claro, sabes que o que mata o bem estar entre duas pessoas é a habituação?
È como um medicamento cujo objectivo é, sempre, fazer-nos sentir melhor mas que, ao fim de algum tempo, já não faz efeito porque o corpo se habitua, a mente já não o sente e o coração pede mais.
Então, é preciso aumentar a dose ou substitui-lo por outro que lhe dê novamente a sensação de paz, ou, até de fervilhar.
È mau ter que recorrer a casos extremos de novas medicações, mas.... ficar dependente de um qualquer medicamento é.....! Há que encontrar o meio-termo. O melhor mesmo é tomar a medicação com meio termo.
Não gosto de recorrer a novas prescrições.

Tu, realmente, és a dose certa.
Nem muito nem pouco, o suficiente para deixar de sentir a falta de um abraço, o consolo de um beijo, o corpo saciado.

Já te vais?
Está bem!
Não digas nada.
Compreendo. Não te posso dar mais e a ti convem-te outra forma de estar.
Outras hamonias, outras idades, outros hábitos.
Alguém que te convenha. Ah, já tens....está bem.

Também sei que deves de ter dores do passado, as quais não te posso curar. Nunca lhes quis mexer.
Tu ajudaste a curar as dores do meu “antes”.
Entraste, subtilmente, no seu ser e conseguiste atingir algo que eu achei que não iria mais ter. Foi bom esse acordar. Foi bom o que vivemos, os momentos e as ternuras.

Vai! Diz-me até amanhã! Manda-me um beijo.
Não há outra forma de dizer ADEUS.
Deixa!
Quando me der conta que já passaram dois ou três dias sem que respondas ou sem falar contigo...eu vou perceber.

Está tudo bem.
Ficam os lagos por viver.

Inês

sábado, maio 20, 2006

A minha CONSCIÊNCIA










Tacteei no fundo da minha consciência e deixei-me morrer.
Doeu-me a ponta do dedo que a tocou.

Também soube ser injusta enquanto vivi. Não sou perfeita.

Cometi faltas puniveis com a solidão a que me condenaram outros pecadores que não tiveram coragem de mandar a primeira pedra mas que, depois, quando já ninguem via, me apedrejavam lenta e descaradamente. Depois deixavam-me só mas, por descarga da sua consciência, chamavam-me, por vezes, para que não parecesse mal estar ali tao sozinha.

Eu Sei.
Aliei-me, muitas vezes, ás vivencias do quotidiano de luxúria e vaidade, prostrei-me perante a nobreza do poder tão apetecivel e que parecia tão facil de obter, caí na tentação da falta de decência. Caminhei em direcção ao abismo.

Paguei em vida todas as minhas faltas.

Pesam-se estas algemas. Não gosto desta prisão de paredes escuras. Ainda me cobre o corpo o pano feito de esquecimento. Alimenta-me o sal das lágrimas do arrependimento.

Queria renascer. Queria renascer e ser uma pessoa como as outras.
Uma pessoa que comete todas essas faltas mas que ninguém as recrimina.

Afinal de contas, apenas vivi para morrer.

Quando renascer, tudo será diferente. Então, o meu dedo deixará de doer.

domingo, maio 14, 2006

Estrada da Vida



Vou caminhando nesta longa estrada,
feita de pedras duras e irregulares.
Tropeço no andar, caio, levanto-me.
Longo é o caminho, larga a caminhada.

Trago bagagem desnecessária e pesada.
Carrego comigo o que não posso ter.
Doem-me as costas, o lombo e as pernas.
Padeço perante a suja estada falada.

Olho os que passam e os que passo.
Miro seus olhares de desdem.
Peço que me vejam ao caminhar,
aguardo olhos atentos e companheiros.

A estrada não tem destino marcado,
o objectivo faz-se confuso e fraco.
As pedras roem no sapato, a roupa desfaz-se.
A bagagem perde-se de tão pouco precisa é.

Ninguem me vê, ninguem me olha.
Todos me pregam por ajuda no andar.
Caminho a vida dos que acompanho.
Esquecem-se de mim na beira da estrada.

sábado, maio 13, 2006

Gritos de Silencio!


Grito em silêncio por um abraço,
Grito bem alto pedindo que me vejam,
Grito as palavras que não me saem,
Grito a miséria que me rodeia.